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Em pedras estão (poesia, Cultura capixaba).

Poesia referente as montanhas capixabas Monte Mestre Álvaro na Serra (ES) e Monte Moxuara, em Cariacica (ES). Conta a lenda que as duas montanhas são, na verdade, um casal de índios, filhos dos líderes tribos rivais, sendo enfeitiçados pelo feiticeiro de umas das tribos, a fim, de dar fim ao insistente relacionamento proibido. Porém, numa noite especial, uma vez por ano, um pássaro sagrado voa pelos céus capixabas para trocar mensagens de amor do eterno casal. Poesia: O véu desce a montanha O véu desce a montanha de branco límpido Descobre a noiva, moxuir Recobre o noivo, moxuar Estrela de fogo circunda o céu em noite de natal A princesa chora o noivo O guerreiro chora a noiva O céu recobre branco cinza, triste fim. Mensagens curtas Alegres sonhos Pássaro leva Triste fim Esta poesia reconta de um modo breve a lenda do Pássaro de fogo e dos Montes Mestre Alvaro na Serra e Monte Moxuara em Cariacica, ES.

Resposta ao moribundo

Por hora choraria, a morte do amigo. Mas, não expira a tua vida, tarde aqui comigo. Pois, amam te muito a família, colegas, vizinhos e  amigos queridos. Não penses que morrerá fácil, pois tenho certeza que há muito estaremos contigo. Contudo, se outrora morresse, a Santa urna eu levaria, com lágrimas no rosto. Rogando a Santa Maria. (Texto escrito em resposta a um amigo recém internado na UTI de um hospital da Grande Vitória, ES. Brasil, 2015, visto que o amigo comentava a ausência de seus companheiros nos horários de visitas no hospital do qual se encontrava internado e dizia ele que não teria amigos suficientes para carregar a sua urna, rumo a eternidade.)

Aonde o rio me levar - Ibiapaba.

Hoje, sentado à beira deste filete de águas de rio morto, morto pelos homens, penso que an tes, melhor seria se fosse abandonado por eles, pois o Tempo o trataria com amor e curaria as suas feridas; a ntes  melhor seria ser abandonado por todos do que continuamente maltratado, drenado, descoberto, desabitado, à beira da morte seca. Morte de rio. Quando um rio morre, nasce um vale, Vale de Ossos. E depois vem a desertificação dos seus arredores. A Morte vem para os peixes e animais silvestres; vem para fauna e ribeirinhos. A morte vem para todos, pois não há vida sem água. Não há vida sem Rio. Recordo-me que ainda ontem estávamos nós reunidos aos pés da velha ponte, próximo ao velho engenho de Ibiapaba e as águas do rio estavam baixas. Talvez, fosse verão, quem sabe outono, nunca me atentava para as estações naquela época. Lembro que adorávamos subir no grande Ingazeiro que passava com seus galhos sobre o saudoso e querido Rio de Ibiapaba. Ainda trago na memória que subíamos na á

Mentiras de quem pensa calado

A mente que vagueia mente A mente que rodeia mente A mente que pensa também mente. Toda mente sente e mente A minha consciência mente A sua mente?!... Óh, se mente! A mente que rodeia mente A mente que é lenta menta. A mente que menteia mente A mente que imagina também   mente! [Poesia cantada] A. L. Rodrigues, 2016.

Confusa, feliz solidão.

A casa com você é uma casa. Sem você é apenas mais um canto do mundo onde não me sinto em casa. Na cama, perco-me, como em um deserto. Entre lençóis e o vazio de sua presença, O sentimento é estranho, É uma mistura de liberdade e solidão. Esta casa gigantesca de dois cômodos me parece um castelo. Não te procuro, mas, também não te acho. Só existe o silêncio e meus pensamentos. Então, ouço o tic-tac do relógio de parede, Que rompe o silêncio de minha solidão. Ele soa tão ALTO que quase me ensurdece, Como resultado, apenas não me deixa dormir. Agora, Já são duas e trinta da manhã e logo irá amanhecer. E só depois poderei ir ao seu encontro. Para dar fim nesta feliz e confusa solidão.

O que serei?

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O que é poesia?

É a palavra cercada, ilhada e isolada. É a mesma no deserto, no nada. É Saara, é carta marcada. É estática, parada, empedrada É movimento, corrida, instável no tempo. É o certo, o errado, o talvez. É mentira, mas a verdade da vez. É o tudo, e o nada de novo. É a alma, o sentimento de um, como o todo. É paradoxo por ser o que é Mas muitas vezes é simplesmente O sentimento do homem por uma mulher.