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Aonde o rio me levar - Ibiapaba.

Hoje, sentado à beira deste filete de águas de rio morto, morto pelos homens, penso que an tes, melhor seria se fosse abandonado por eles, pois o Tempo o trataria com amor e curaria as suas feridas; a ntes  melhor seria ser abandonado por todos do que continuamente maltratado, drenado, descoberto, desabitado, à beira da morte seca. Morte de rio. Quando um rio morre, nasce um vale, Vale de Ossos. E depois vem a desertificação dos seus arredores. A Morte vem para os peixes e animais silvestres; vem para fauna e ribeirinhos. A morte vem para todos, pois não há vida sem água. Não há vida sem Rio. Recordo-me que ainda ontem estávamos nós reunidos aos pés da velha ponte, próximo ao velho engenho de Ibiapaba e as águas do rio estavam baixas. Talvez, fosse verão, quem sabe outono, nunca me atentava para as estações naquela época. Lembro que adorávamos subir no grande Ingazeiro que passava com seus galhos sobre o saudoso e querido Rio de Ibiapaba. Ainda trago na memória que subíamos na á

Pequeno Trabalhador

Na manhã de sábado, véspera de Natal de 2015, chorei, ao ver um menino, que sequer media estatura de um metro, com cerca de 10 anos, ele vendia paçoca e amendoins nos coletivos do TRANSCOL. As suas mercadorias levadas numa cesta em alças duplas, pesavam-lhe mais do que poderia suportar. Mau conseguia levantar a cesta do piso. No interior do ônibus arrastavá-a, mas quando desembarcara, pelas ruas seu corpo formava a envergadura de um arco, tamanha força era o peso do material que carregava. Do meu rosto não caiu sequer uma lágrima, porém minha alma chorava como nunca havia feito. Tive que pergunta-lhe por que vende isto? E ele respondeu: É para sustentar a casa. E os seus pais, estão aqui por perto? Não, eles também estão vendendo agora. Mas, por que você não diminuí o peso, tira alguns pacotes de paçoca da cesta; passe a levar menos material? Não, posso, pois a paçoca é o que vende mais. Irredutível, e com um sorriso no rosto, foi embora, curvado, suado, mas feliz. Ajudei-o a atra

Reflexões sobre o dinheiro, Parte 2

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Como eu disse na parte anteriormente, na parte 1, estas reflexões são para você que acredita que ter dinheiro é algo muito importante. E repito : eu , realmente, não ligo para dinheiro e nem ele liga para mim. Mas, apesar de nossos encontros e desencontros, nos damos muito bem. Afinal, ele sabe que o pouco que eu conseguir ganhar será bem valorizado e bem tratado. Continuando.... [Favor ler a parte 1] Por quê!? [colocar imagens de avisos e bandeiras de países] Suponho que você tenha objetivos imediatos a atingir, faculdade, por exemplo, ou outros objetivos que somente poderão ser atingidos anos a frente; tipo comprar casa e carro, realizar viagens nacionais e internacionais, etc. E muitos des t es objetivos voltarão a ser necessidade: pós-graduac ã o, segunda graduação, MBA, reforma da casa, casa nova, apartamento, carro novo, mestrado, doutorado, pós-doutorado, etc. Deste modo, suponho, que o que ganha neste momento, mal dê para fazer a faculdade com tranqui

Reflexões sobre o dinheiro, Parte 1

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Estas reflexões são para você que acredita que ter dinheiro é algo muito importante. Eu, realmente, não ligo para dinheiro e nem ele liga para mim. Mas, na verdade, nos damos muito bem. Afinal, ele sabe que o pouco que consigo ganhar será bem valorizado. Senão sumirá r apidamente. E m fim, convido-o a fazer comigo algumas reflexões a cerca do dinheiro em nossas vidas. Sendo estas, comparações com "temperos", com "a água" e com "ferramentas de trabalho", entre outras coisas. Nestas comparações tento demonstrar como percebo o dinheiro e seu uso sem que eu me torne seu escravo . Antes preciso informar que as imagens postadas aqui são dos meus filhos, meus bebês, por isso a qualidade única. Então, vamos lá. Dinheiro para mim é como sal dentro de um saleiro; ou como qualquer tempero que se coloca nos alimentos. O que tento dizer é que após usado não o teremos mais; o usamos para atingir um objetivo, que é "temperar algo". E para n

Confusa, feliz solidão.

A casa com você é uma casa. Sem você é apenas mais um canto do mundo onde não me sinto em casa. Na cama, perco-me, como em um deserto. Entre lençóis e o vazio de sua presença, O sentimento é estranho, É uma mistura de liberdade e solidão. Esta casa gigantesca de dois cômodos me parece um castelo. Não te procuro, mas, também não te acho. Só existe o silêncio e meus pensamentos. Então, ouço o tic-tac do relógio de parede, Que rompe o silêncio de minha solidão. Ele soa tão ALTO que quase me ensurdece, Como resultado, apenas não me deixa dormir. Agora, Já são duas e trinta da manhã e logo irá amanhecer. E só depois poderei ir ao seu encontro. Para dar fim nesta feliz e confusa solidão.

O que serei?

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O ser humano e o seu papel de inserção na sociedade: A pele do camaleão

O ser humano é incrível e o seu limite está além do que muitas pessoas pensam.  Ele dispõe de uma variedade imensa de habilidades. E dentre elas, podemos destacar a de assumir posturas diferentes, multifacetadas e complexas. Algumas vezes, chegam a diferenciar-se tanto que, na comparação de duas ou mais dessas posturas, sem identificarmos o ator, ninguém poderia imaginar, ou sequer supor, de que se tratam de uma mesma pessoa, de um mesmo homem ou mulher. Todos assumimos, no dia-a-dia, várias faces e representamos vários papéis, até simultâneos. Uma criança, por exemplo, pode ser o filho querido, enquanto: caçula, mais velho ou filho do meio. Assim, como pode ser o irmão egoísta mesmo que seja carinhoso, pode ser o melhor colega de um menino mesmo que viva mordendo um outro, é primo dos filhos dos seus tios e neto dos pais dos seus pais, é amigo de José, mas “inimigo” do Diogo. Enquanto ser humano e, por consequente, vivente, encorporaremos, por mais que não queiramos ou saib